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Equipe ACIC
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Facesp exige que BNDES defina medidas mais firmes para que crédito realmente chegue às pequenas empresas

A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), em ofício encaminhado ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Henrique Montezano, solicita que a instituição defina formas mais eficazes de liberação de crédito às pequenas empresas, tendo em vista que o sistema tradicional de repasse não está suprindo a demanda dos pequenos negócios por crédito emergencial e liquidez. 

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também assinam o documento.

O pedido de liberação de mais recursos já havia sido feito em maio pelas três entidades, que reforçaram, à época, que as pequenas empresas não conseguiam acesso ao crédito por meio do sistema bancário. Além disso, defendiam que a agência de fomento paulista Desenvolve SP poderia ser uma alternativa para facilitar este processo de distribuição de recursos. O Desenvolve SP teve linhas de crédito liberadas em março, porém, os recursos emergenciais já se esgotaram. 

As entidades já haviam alertado, em maio, que nem mesmo as diversas linhas especiais criadas pelo BNDES chegavam às empresas mais necessitadas, apesar de estarem na direção correta. 

“O fato de o BNDES ter de utilizar canais indiretos para liberação dos recursos, por meio de agentes financeiros, é um gargalo que precisa ser superado, de modo que é imprescindível que o órgão empregue outros mecanismos para ações eficazes, num momento em que a sobrevivência de muitos negócios está ameaçada”, destaca o ofício. 

O presidente do Banco, em resposta encaminhada em junho às entidades, pontuou as dificuldades das empresas e listou diversas ações em prol do repasse de recursos tomadas desde o início do estado de calamidade pública, mas reforçou que a liberação ocorre por meio de outras instituições, como bancos comerciais, e não de forma direta. 

Em resposta, as entidades afirmam que é de conhecimento público o modo como o BNDES atua, mas que, neste momento, o banco precisa identificar quais providências tomar para que os recursos, de fato, cheguem às empresas. 

Foi neste sentido que sugeriram o repasse via Desenvolve SP, já que a agência está preparada para lidar com uma larga distribuição de crédito de acordo com critérios técnicos e econômicos e com lastro do Fundo Garantidor de Crédito (FGI), ou seja, dentro dos padrões do BNDES. 

Facesp, ACSP e Fecomércio se colocaram à disposição para auxiliar no repasse dos fundos, uma vez que têm capilaridade em todo o Estado. 

As entidades entendem a importância de um plano que facilite o repasse de dinheiro às pequenas empresas – da mesma forma que o auxílio emergencial foi planejado para chegar diretamente às pessoas mais necessitadas. 

Um ofício também foi encaminhado ao governador João Doria em julho para que tenha conhecimento desse pedido das três entidades ao BNDES. 

Leia a íntegra do ofício: http://www.facesp.com.br/midia/oficio-presidente-do-bndes/oficio-presidente-bndes.pdf


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