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Equipe ACIC
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Inflação acelera em julho, mas continua abaixo da meta anual

Alta se deve a fatores pontuais, como o reajuste da gasolina e da energia elétrica, mas índice mantém tendência de terminar 2020 em patamares mais baixos, segundo os economistas da ACSP. Fonte: JORNAL DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou em relação a junho, apresentando elevação de 0,36%, em linha com as expectativas de mercado. 

Essa alta, a exemplo do mês anterior, se deve a fatores pontuais, e mantém a tendência a terminar 2020 abaixo da meta anual (4,0%), em função da elevada ociosidade e da queda no consumo resultantes dos efeitos
negativos da pandemia e do distanciamento social. 

A análise, dos economistas do Instituto Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACS), destaca também que o resultado contribuiu para aumentar a inflação em 12 meses. Porém, mesmo alcançando o patamar de 2,31%, o índice ainda continua abaixo do limite inferior da meta perseguida pelo Banco Central (2,5%).

Grande parte desse resultado se explica pelo reajuste dos preços da gasolina, afetado pelo encarecimento do petróleo no mercado internacional, e da energia elétrica, num contexto geral de consumo deprimido pelas quedas da atividade, da renda e do emprego, decorrentes das medidas restritivas. 

No mesmo mês, também houve aceleração do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que passou de 1,60%, em junho, para 2,34%, fazendo a variação em 12 meses avançar para 10,37% - a maior alta desde dezembro de 2015.

Mais uma vez, a maior inflação observada no atacado (IPA), nesta oportunidade, tanto no caso das matérias primas
industriais (IPA-IND), como agrícolas (IPA-AGRO), pressionadas pela maior cotação do dólar e pelo aumento dos preços de várias commodities relevantes, foi a principal causa desse comportamento do IGP-DI.

Mesmo assim as maiores pressões dos preços no atacado, no cenário atual, não deverão alterar essa trajetória, de acordo com os economistas da ACSP. 

FOTO: Divulgação


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