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Lojas sem vitrine: tendência ou necessidade?

As vitrines têm um papel muito importante para um ponto de venda: formam a primeira impressão do shopper sobre a identidade de uma marca. Os elementos ali expostos, que vão muito além dos produtos, sinalizam para ele o que esperar em termos de qualidade, preço ou diferencial ao adentrar no estabelecimento.

Diversas lojas, no entanto, têm apostado na extinção dessa ferramenta. Isso é uma tendência? Eu diria que não. Na realidade as lojas sem vitrine, também chamadas de open front, são uma opção estratégica e operacional para lojas que não tem condições de gerenciar boas vitrines.

O novo modelo de lojas da rede Malwee, criado em parceria com o escritório Kawahara & Takano Retailing, traz o conceito open front. E não só ele, podemos ver marcas como Havaianas, Chilli Beans, Puket, Munny, Barbara Strauss e Biotwo apostando no formato.

Isso pode acontecer basicamente por dois motivos. Primeiro, a falta de recursos financeiros e humanos para manter vitrines comercialmente atrativas – algumas marcas atuam em mercados altamente concorridos e suas margens brutas são mais apertadas. Segundo, a falta de espaço físico para a estrutura mínima necessária de uma vitrine (falei sobre esse assunto no último artigo), haja vista que os pontos comerciais têm, cada vez mais, menores ABL (Área Bruta Locável), numa tentativa dos centros comerciais em viabilizar a implantação de novas operações varejistas.

Entenda que as vitrines são extremamente úteis para o varejo sim, mas, em alguns casos, talvez seja melhor não as ter!

Eduardo Vilas Bôas| Varejo, Vitrine, Comercio, Loja, Consumo, tendência, Tendências, necessidade, PDV, vendas, ponto de venda, atratividade, lojas, estrutura, open front