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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Megatendências e seus impactos nos negócios

Em meio a tanta informação e estudo com previsões contundentes e, ao mesmo tempo, duvidosas, os desafios da direção que devemos tomar no planejamento estratégico são ainda maiores.

Certa vez, há mais de duas décadas, próximo à virada do século, um palestrante oriental - acredito que japonês - disse que no próximo século, nosso atual século 21, a doença da humanidade seria mental, no sentido intelectual, emocional e até espiritual.

 

Àquela época, de forma simples, esse palestrante estava vislumbrando uma megatendência. Para validarmos se essa previsão aconteceu precisaríamos verificar os dados comparativos e buscar conclusões.

 

Conforme citado por vários autores em artigos e publicações, em especial no blog da Avenue, de certa forma podemos dizer que megatendências são forças poderosas e transformadoras que podem mudar a trajetória da economia global ao alterar as prioridades das sociedades, impulsionar a inovação e redefinir os modelos de negócio. Elas têm um impacto significativo em diversos aspectos, como, por exemplo, na forma como vivemos e gastamos dinheiro, nas políticas governamentais, nas estratégias corporativas e no ambiente em que nos inserimos.

 

Identificar e compreender as megatendências é fundamental para nos posicionarmos de forma estratégica e aproveitar as oportunidades de crescimento de longo prazo. Ao compreender essas tendências, podemos antecipar as mudanças estruturais que estão por vir e adaptar nossos negócios, políticas e investimentos para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que elas apresentam.

 

As grandes firmas de auditoria, assessoria e consultoria mundiais, também sempre publicam algo sobre megatendências. O que ocorre, entretanto, é que para incorporarmos em nosso planejamento estratégico, precisamos muito mais do que simplesmente saber quais são essas megatendências. Precisamos ter clareza do efeito esperado no ponto de entrega dos nossos produtos e serviços.

 

Nesse sentido, pouco tempo atrás tivemos uma excelente exposição do Fernando Gibotti, PhD, CEO da Bnex, em que ele nos propiciou uma visão profunda e longeva das tendências de consumo dos brasileiros. Os estudos feitos incluem observações de como a sociedade tem evoluído tanto do ponto de vista familiar como estrutural. E, consequentemente, uma visão do consumo dessas famílias conforme as estruturas evoluem.

 

Um ponto de destaque nessa observação é de como os negócios evoluem; o Instagram evoluiu de uma plataforma de fotos para vendas; o TikTok de simples criação de vídeos para lançamentos de músicas e muito mais; o WhatsApp de mensagens rápidas para comunicação e vendas. Mas, certamente, não é fácil nem rápido o processo dessa mudança nos negócios.

 

Vejamos o caso de Frederick W. Smith, fundador da FedEx. Nascido em 1944 em Marks, Mississippi. Depois de quatro anos de serviço na Marinha, incluindo duas missões no Vietnã, ele lançou a rede aérea-terrestre Federal Express original. Ele iniciou as operações em 1973 para atender os setores de alta tecnologia e alto valor agregado em rápido crescimento do país [EUA].

 

Notemos que ele havia feito essa previsão em suas análises originais sobre as necessidades logísticas de uma sociedade futura altamente automatizada, durante seu período como estudante de graduação na Yale College em 1966.

 

E em meio a tanta informação e estudo com previsões contundentes e, ao mesmo tempo, duvidosas, os desafios da direção que devemos tomar no planejamento estratégico são ainda maiores.

 

Mas como diz Fernando Gibotti: “Não existem soluções simples para problemas complexos!”.


Jarib B D Fogaça| Megatendencia, tendencia, inovacao, negocios, impacto

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