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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Muito além do jardim!

Com esse nome em português, um filme clássico de algumas décadas atrás já discutia a influência dos meios de comunicação nas pessoas. O nome original
em inglês para referência é “Being There”.


Recapitulando o enredo, o filme conta a história de Chance, o personagem que trabalhou a vida toda como jardineiro e que teve na televisão o único contato
com o mundo. Quando seu patrão morre, Chance é obrigado a deixar a casa e é atropelado pelo carro de um magnata envolvido com política, que acaba se
tornando seu amigo. A partir daí, tudo o que Chance fala, e até mesmo quando ele se cala, passa a ser interpretado como algo genial, carregado de sabedoria.


Com a internet e as mídias sociais, e demais formas de comunicação via web, estamos vivendo e a cada dia nos adaptando a uma realidade semelhante,
porém, agora muito mais abrangente. O que antes pareceu em um filme ser apenas uma metáfora extrapolada dos riscos e benefícios da comunicação em
massa
, agora se apresenta de forma real e ampla.


Podemos lembrar que não muito tempo atrás, estávamos lutando para obter informações de diferentes partes do mundo, e ainda mais difícil era mover
essas informações. Não tínhamos esse fascinante recurso, a internet, que permite que todos se movam livremente com as informações ao nosso redor o
tempo todo.


Muitas dessas informações estão organizadas sob novas estruturas, não apenas estruturas de tecnologia da informação, mas também novas estruturas
sociais, culturais e legais. Algumas dessas organizações, com identidade ou não, operam visando certas necessidades sociais que são vastas e comuns em
vários países e regiões do planeta. Outras são mais motivadas por tópicos relacionados à cultura e a grupos de pessoas que, independentemente de seu
país, têm necessidades e interesses comuns.


Dessa forma, cada um de nós se torna responsável pelo que faz em uma base coletiva, seja individualmente ou corporativamente, ou ainda de qualquer outro
tipo de organização estruturada. Podemos ou não promover, ou incentivar certos comportamentos, mas precisamos estar atentos se fazemos isso de
acordo com certas regras morais, éticas de integridade e até mesmo regulamentares.


E notamos que mesmo desfrutando intensamente das mídias sociais e da internet, é certo que a sociedade não está feliz com a disseminação de notícias
falsas
, as chamadas fake news, que não seja confiável e até prejudicial. E aqui voltamos à sabedoria metafórica do filme.


Àquela época, o filme já criticava o poder que os meios de comunicação têm de influenciar pessoas, e agora pelo mundo todo. Dessa forma, o filme trata de
dois extremos que podem se interrelacionar: a sabedoria e a cultura.

 

Em primeiro lugar notamos que qualquer pessoa tem sabedoria, pois sabedoria vem de dentro da pessoa, daquilo que a pessoa é na essência. Mas a
sabedoria é e pode ser o oposto da cultura. A cultura vem de fora e molda as pessoas. Uma pessoa vê, ouve, lê e aquilo entra em sua mente de alguma
forma moldando sua cultura, seu modo de ser.


O uso da internet e de qualquer outro meio de comunicação requer muita sabedoria e atenção contínuas à cultura. Isso, pois a internet oferece
informação, e essa informação conecta nossa sabedoria à nossa cultura.


Provavelmente nossa sabedoria será a de sermos capazes de filtrar aquilo da internet que não nos serve, mas também filtrar nossa cultura daquilo que pode
ser inapropriado, seja moral, ético ou mesmo do ponto de vista da legalidade.


Somente assim estaremos sempre buscando, com sabedoria e culturalmente, irmos muito além do jardim!


Jarib B D Fogaça| Cultura, Sabedoria

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