- , 18 de Abril de 2024
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Equipe ACIC
Tradicional instituição empresarial de Campinas, fundada em 1920 e com mais de 2.500 empresas associadas, a ACIC apoia o desenvolvimento das empresas por meio de seus 3 pilares para soluções empresariais: Redução de Custos, Oportunidades de Negócios e Educação Empreendedora.
Robô atendente, balança autônoma e outras novidades para o varejo
A 24ª Feira Internacional de Automação para o Comércio (Autocom) mostrou tecnologias emergentes que prometem auxiliar na rotina dos empresários.
O uso de tecnologia ajuda o varejista a otimizar o tempo, reduzir perdas, aumentar vendas e, principalmente, a se destacar em meio à concorrência. Em grande medida, as novidades do mundo digital contribuem para a experiência do cliente, permitindo cativar e reter mais consumidores.
Uma boa amostra dos recursos tecnológicos já disponíveis para o varejo, e que certamente moldarão o futuro do setor, foi apresentada na 24ª Feira Internacional de Automação para o Comércio (Autocom), que aconteceu na semana passada.
Confira abaixo algumas das soluções em automação apresentadas na feira:
ROBÔ ATENDENTE
Já imaginou ter um robô na entrada do seu estabelecimento para auxiliar os clientes, fornecendo informações sobre a empresa, produtos e até mesmo os guiando até o setor desejado? Estas, entre outras, são funções dos robôs inteligentes criados pela Human Robotics.
Divididos em três categorias - Robios Totem, Robios Avatar e Robios Go -, os robôs inteligentes são capazes de iniciar conversas com os consumidores, responder perguntas, além de cadastrar clientes em clubes e promoções.
Eles ainda desempenham a função de trade marketing, conseguindo realizar pesquisas com os consumidores, mostrando aos varejistas os produtos e as marcas que estão sendo mais consumidas.
Indicado aos microempreendedores, o Robis Avatar é um software conectado a uma inteligência artificial que pode ser instalado em qualquer dispositivo, auxiliando o empreendedor nas vendas e no treinamento de novos funcionários.
Para levar mais facilidade aos empreendedores, a Human Robotics estuda inserir nesses robôs câmeras que serão capazes de destacar rupturas nas prateleiras, simplificando o controle de estoque.
Já para o setor industrial, a empresa indica o Robies Cargo, um robô interativo, ideal para o transporte de cargas leves, que consegue circular pela fábrica desviando de obstáculos.
De acordo com a equipe da Human Robotics, o robô pode ser usado inclusive para transportar materiais sensíveis como agulhas e medicamentos, diminuindo o risco de lesões aos colaboradores.
PAGANDO COM O ROSTO
A Payface, em parceria com a Positivo, lançou um sistema de pagamento por reconhecimento facial. O software, integrado às próprias maquininhas, recebe informações de pagamento do consumidor por meio do aplicativo da Payface.
Segundo a empresa, o pagamento por meio do reconhecimento facial busca levar mais segurança ao empreendedor, já que ele fica menos vulnerável a cair em golpes, como aceitar cartão clonado, pagamentos agendados via pix, notas falsas, entre outros.
Segundo Rafael Appugliese, diretor de marketing da Payface, o sistema também oferece mais segurança ao consumidor, que às vezes tem receio de sair com dinheiro, ou até mesmo celular. Isso permite que ele faça compras apenas com o rosto, a qualquer momento.
O sistema de pagamento possui ferramentas antifraudes que evitam realizar o pagamento quando detectam pessoas muito próximas do seu campo de visão, considerando isso uma possível tentativa de golpe. O sistema também é programado para reconhecer movimentos físicos, não sendo possível fazer a leitura de fotos ou de pessoas com máscaras.
A solução de pagamento ainda passa por alguns processos de aperfeiçoamento, já que em locais com muitas pessoas e alta iluminação ela ainda não consegue realizar a leitura facial.
DINHEIRO NA VEIA
Outra novidade no setor de pagamentos é um dispositivo, desenvolvido pela Ingenico, capaz de ler as veias da mão.
A fabricante diz que o padrão único das veias da mão garante segurança contra golpes, pois não pode ser replicado, e não se desgasta, como é o caso da biometria convencional, assim reduzindo o risco de falhas de pagamento.
Para o consumidor, essa solução garante facilidade no dia a dia, além da segurança de poder sair sem carteira ou celular.
CELULAR VIROU CARTEIRA
Ainda no mundo dos pagamentos, a Cielo levou à feira o CieloTap, um software que transforma aparelhos Android e IOS que possuem a funcionalidade NFC, em maquininhas.
De acordo com Wilson Nunes, diretor comercial da Cielo, esse sistema de pagamento estará integrado ao sistema do estabelecimento, permitindo que o empreendedor tenha controle sobre a origem do pagamento em cada dispositivo utilizado.
Ele diz que com esse sistema, o próprio vendedor pode concluir a transação, eliminando a necessidade de os clientes enfrentarem filas, melhorando a eficiência e experiência de compra dos consumidores.
Não há cobrança para utilização do software, apenas é aplicada a taxa de transação sobre cada venda realizada.
BALANÇA QUE VÊ E OUVE
A Toledo apresentou na Autocom balanças equipadas com inteligência artificial que realizam a pesagem por meio de reconhecimento visual dos produtos e de áudio.
Ao colocar o produto na balança, ela o identifica e emite a etiqueta com o valor e o nome do operador que estava no comando do equipamento no momento.
Isso facilita o atendimento ao cliente, uma vez que a balança dispensa a utilização de códigos de identificação, além de diminuir filas e otimizar o tempo dos clientes e funcionários.
A Toledo diz que a balança inteligente se torna uma vantagem em locais com alta rotatividade de funcionários, não exigindo que eles precisem decorar o código de cada produto.
Por possuir comando de voz, as balanças também podem ser utilizadas em estabelecimentos com produtos de difícil identificação, caso dos açougues, onde cada corte da carne pode sair de uma forma. Nesse caso, o funcionário diz qual é a carne e a balança realiza a pesagem automaticamente.
Além disso, a balança faz a impressão da etiqueta contínua, mostrando os valores nutricionais dos alimentos e, em produtos que não requerem essas informações, ela faz automaticamente a impressão de uma etiqueta menor, diminuindo o consumo do papel.
O produto também permite que o empresário tenha um maior controle sobre as atividades dos funcionários, pois em caso de algum erro, por meio do reconhecimento visual é possível saber quem estava encarregado da balança no momento. Além disso, é possível ter o controle de quais produtos estão sendo mais pesados.
PREÇO ATUALIZADO COM UM CLIQUE
Durante a feira, a Toledo também mostrou produtos voltados à automação das gôndolas, por meio de etiquetas eletrônicas.
Essas etiquetas, que na realidade são pequenas telas digitais, permitem que a atualização dos preços seja feita rapidamente por meio de um sistema que envia um sinal para uma antena de comunicação óptica, com área de cobertura de aproximadamente 120 metros quadrados.
As etiquetas eletrônicas têm como principal objetivo potencializar o tempo dos empreendedores, liberando os funcionários, que antes teriam de remarcar os preços manualmente, para outras tarefas.
De acordo com a equipe da Toledo, o kit com 200 unidades dessas etiquetas custa atualmente R$ 35 mil.
QR CODE DEDO-DURO
A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) apresentou seu QR Code que permite inserir a identificação completa dos produtos - onde e como foi produzido, valores nutricionais e toda a rastreabilidade desejada.
Essas informações podem ser lidas pelo celular do cliente e apresentadas por meio de imagem e áudio.
Além disso, o código, ao ser passado no leitor, mostrará a validade do produto, evitando problemas para o consumidor, principalmente em caixas de autoatendimento, onde não há um funcionário auxiliando o cliente.
Fabiano Gemignani, executivo de negócios da GS1, destaca que esse sistema não beneficia apenas o varejista, mas sim toda a cadeia logística. “Um atacadista, ao ler esse código, consegue informações como lote, data de validade, permitindo assim realizar um maior controle de armazém".
A GS1 informa que o processo de transição do código de barras convencional para o QR Code é realizado de forma gradual, começando pela implantação do QR Code em conjunto com o código de barras. Posteriormente, a intenção é que haja apenas o uso do QR Code.
Segundo Gemignani, marcas como BRF e o grupo Coca-Cola já estão inserindo QR Code da GS1 em seus produtos para facilitar a comunicação com os varejistas.