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Eduardo Vilas Bôas
Eduardo Vilas Bôas
Professor, consultor, blogger e editor do MMdaMODA

Score de Visual Merchandising: Qual é o nível da sua loja?

O termo visual merchandising (VM) é cada vez mais difundido no mercado, porém, nem todos ainda conhecem realmente sua função e importância para o comércio. Por definição, podemos entender que o visual merchandising é um conjunto integrado de estratégias e ações orientadas para o ponto de venda (PDV) com o objetivo de dar visibilidade a marcas, produtos e serviços, enriquecendo o perfil da marca varejista.

O visual merchandising também se preocupa com a criação de uma atmosfera de loja, simplificando a experiência para o consumidor. Para isso tudo, há um conjunto de 16 ferramentas que podem ser trabalhadas desde a fachada até o interior da loja, que são: vitrines, exposição de produtos, layout de loja, expositores, materiais promocionais, marketing sensorial, iluminação, objetos decorativos, alocação de espaços, mobiliário, sinalização, cores, imagem da equipe de vendas, fachada, arquitetura e design de interiores. 

É importante que o varejista entenda que o visual merchandising é um conjunto de ações somatórias e que não vai trazer resultados sozinhos, pois é dependente direto do bom trabalho realizado pelos setores de comunicação, marketing, compras, desenvolvimento de produtos e comercial, ou seja, quanto mais estruturada e alinhada for a operação do varejista, melhores serão os resultados potencialmente alcançáveis pelo visual merchandising, já que se trata de uma ferramenta de continuidade. Alguns resultados que tenho observado no varejo vão da ordem de 20% a 70% de incremento de vendas, o que evidencia a importância dessa estratégia.

No entanto, algumas dessas 16 ferramentas se destacam sobre as outras por terem maior abrangência e visibilidade dentro da loja. Assim, podemos pensar num score que classificaria as lojas quanto ao nível de uso do visual merchandising: 

Nível Básico de VM – o mínimo que um lojista deve promover é a organização dos produtos por categoria. Antes de qualquer regra, é preciso pensar a forma como o seu shopper procura e se desloca na loja. Existe uma tendência pelo agrupamento dos artigos por estilo de vida, permitindo, assim, a correlação de produtos distintos e complementares, reforçando a mensagem comercial e incrementando as vendas. 

Nível Intermediário de VM – acima dessa organização e correlação está a existência de uma ambientação coerente de loja através da criação de cenários com objetos decorativos, iluminação, móveis e exposição de produtos. Por exemplo, uma butique de moda precisa imprimir uma imagem geral de loja mais sofisticada, respeitando a identidade da marca e o lifestyle do público-alvo. 

Nível Avançado de VM – o nível mais alto de VM está no uso dos cinco sentidos sensoriais de forma integrada no PDV, aumentando a experiência de compra, o ticket médio, o valor percebido dos produtos e a satisfação com a marca. Essas estratégias devem ser de uso contínuo (não sazonal) e adequadas a realidade da marca, produto e consumidor.

Conseguiu enquadrar sua marca nesses níveis? Se o resultado não foi pelo menos intermediário, isso significa que você tem muito a explorar na sua loja para potencializar as vendas. No próximo artigo vou construir um passo a passo bem simples para você (re)pensar seu PDV e implantar melhorias de visual merchandising.


Eduardo Vilas Bôas| Visual-Merchandising, Eduardo-Vilas-Bôas, ACIC

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