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Equipe ACIC
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Varejo em Campinas e na RMC cresce em junho e geração de empregos recua em julho

Apesar do efeito de elevada expansão do nível inflacionário nos indicadores econômicos e da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas já com os efeitos da Covid-19 bastante reduzidos, o setor registrou expansão de 25% se comparado a maio deste ano e de 4% em relação a junho de 2021.

Os dados de junho de 2022 da Boa Vista - SCPC, avaliados pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), em função do nível de faturamento, apresentaram uma expansão de 4% frente aos números de junho de 2021, e de 25,22% em relação a maio deste ano. A comemoração do Dia dos Namorados, 12 de junho, contribuiu para o desempenho no mês. Em relação à mesma data do ano passado o crescimento foi de 7,89%.

Em Campinas, as vendas físicas faturaram, no período, R$ 963 milhões, 4% acima do faturamento de junho de 2021, que foi de R$ 926,2 milhões. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o faturamento de junho de 2022 foi de R$ 2,29 bilhões, também cerca de 4% acima do registrado no ano passado (R$ 2,20 bilhões).

No segmento de “Bens não Duráveis”, as vendas nos supermercados evoluíram em 9,9%, em junho; nas farmácias e drogarias em 7,1% e, nos postos de combustíveis, em 6,5%. Já em “Bens Duráveis”, os crescimentos foram mais tímidos, de 3,9%, em materiais de construção e de 2,15%, em vestuário. No setor de “Serviços” as vendas foram ainda menores, de 1,7%, em turismo e transportes e de 0,9%, em bares e restaurantes. 

No comércio eletrônico, o aumento nas vendas em junho deste ano foi de 19% na comparação com junho de 2021, atingindo aproximadamente R$ 585,9 milhões. A  evolução do “Varejo Restrito” (que não inclui atividades de veículos e materiais de construção), de Campinas e Região, apresentou uma expansão positiva quando comparada com o varejo sob o efeito da Covid-19. 

“Na avaliação sob o efeito da expansão dos principais indicadores econômicos (inflação, juros e câmbio em alta) e o poder de compra em baixa, o varejo está em evolução estável, podendo ficar instável, dependendo dos efeitos da crise da Rússia com a Ucrânia, que pode impactar negativamente a economia mundial. Para os próximos meses, a perspectiva é de instabilidade para o varejo de Campinas e região, dependendo de uma melhora dos indicadores econômicos, das eleições no País e do apaziguamento da crise internacional da Rússia contra a Ucrânia, que se mantém indefinida”, avalia o economista Laerte Martins.

Ainda de acordo com Martins, as vendas à vista cresceram 47,63%, indicando uma possível elevação da inadimplência para os próximos meses. Já as vendas a crédito cresceram 6,1%, em junho.

Inadimplência

A inadimplência entre junho de 2022, na comparação com junho de 2021, apresentou uma elevação de 1,1%, gerando cerca de 115.748 carnês/boletos não pagos, o que corresponde a R$ 83,3 milhões em valores de endividamento dos consumidores de Campinas. Na RMC, foram gerados cerca de 275.590 carnês/boletos não pagos no período, o equivalente a R$ 198,4 milhões em valores de endividamento dos consumidores em junho.

 

Geração de empregos na RMC recua em julho

Em julho de 2022 foram gerados na Região Metropolitana de Campinas 6.917 postos de trabalho, volume 21,42% menor do que os 8.802 postos gerados em julho de 2021, conforme Novo CAGED, avaliado pelo departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). A Indústria, os Serviços e o Comércio, regrediram juntos, 41,8%. O setor da Construção Civil expandiu em 7,5% e o da Agropecuária regrediu em 37,5%%, em relação ao mesmo mês do ano passado.

Campinas gerou 2.067 vagas de trabalho, o que equivale a 35,8% abaixo das 3.192 vagas geradas em julho de 2021. A Indústria, a Construção Civil e a Agropecuária expandiram 66,3%, enquanto que os Serviços e o Comércio reduziram 53% frente ao mesmo período do ano passado. “Avaliando os números no acumulado do ano de 2022, (janeiro a julho), constata-se uma redução de 18,8%, frente ao acumulado do ano de 2021, em Campinas. Na RMC, essa redução foi menor, ficando em 14,8% no mesmo período comparado”, explica o economista e diretor da  ACIC, Laerte Martins.

Segundo ele, o salário médio de admissão em julho de 2022 foi de R$ 1.926,54, uma redução de 3,32% sobre o salário do mês anterior e a qualificação do emprego segue abaixo das especificações e necessidades da mão de obra procurada. “A perspectiva para os próximos meses é de indefinições, quanto a uma maior expansão da mão de obra, frente o surgimento do impacto belicoso entre Rússia e Ucrânia, que já reflete uma tendência de queda no crescimento de mais postos de trabalho, na nossa Região e no País”, explica o economista da ACIC.

Nível nacional

Em nível nacional, segundo o Novo CAGED, o Emprego Formal com Carteira Assinada em julho de 2022 apresentou um saldo positivo de 218.902 postos de trabalho, decorrente de 1.886.537 admissões e de 1.667.635 demissões. Foram gerados no mês 97.678 postos de trabalho, quando a tendência esperada era de 107.500 postos, para equilibrar o nível de desemprego, que atualmente está em 8%.

O emprego em julho reduziu 30,85% em relação a julho de 2021, com volumes em expansão (de 7,59%) apenas no segmento Construção Civil. O Comércio recuou 48,46%, a Agropecuária 37,57%, os  Serviços 35,86% e a Indústria 14,18%.

 

Equipe ACIC|

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