Empoderamento feminino dentro das empresas é tema do CME

Empoderamento feminino dentro das empresas é tema do CME

Paridade de gênero pode estimular os resultados da economia

Os conselhos de administração das 100 maiores empresas da América Latina são compostos por 7,3% de mulheres e 92,7% de homens mostrando que a trajetória das mulheres até a equidade de gênero dentro das empresas ainda é longa. É por isso que o assunto "empoderamento feminino" está cada vez mais em discussão na sociedade, e esse foi o tema do 15º encontro do Conselho da Mulher Empreendedora (CME). Realizado nesta sexta-feira, 24 de março, o encontro foi coordenado pela facilitadora em educação corporativa Carina Godoy, na sede da Associação Comercial.

A especialista começou definindo o termo empoderamento, que significa a mulher ser livre. “A mulher poder decidir o que ela quer fazer, não significa que ela não deve ser dona de casa. Se ela escolher ser, ela não deve ser julgada por isso. Empoderamento é decidir o que eu quero fazer da minha vida e do meu corpo”, explica.

Segundo Carina, ainda falta muito o que evoluir nesse aspecto no empreendedorismo, pois se continuar do jeito que está, a equidade de gêneros dentro das empresas só será alcançada daqui 95 anos. “Você provavelmente não estará viva para ver a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho”, alerta a especialista.

É importante também ressaltar que é necessário trazer para os homens esse debate, para mudar o conceito pré construído que as mulheres são mais fracas e delicadas e por isso não podem exercer os mesmos cargos que homens e, também, é muito comum elas receberem salário menor ao exercer a mesma função de um homem.

A vice-presidente da Associação Comercial de Campinas, Adriana Flosi, explica que em casos de desigualdade, quem sai perdendo é a empresa. “É preciso que as mulheres estejam emponderadas dentro das empresas e que elas ocupem outros cargos, de liderança, por exemplo. Empresas com equidade de gênero tem sua produtividade aumentada pois a mulher se sente valorizada e reconhecida, e isso significa mais lucro”. Adriana acrescenta que um dado recente do Fórum Econômico Mundial revela que se a desigualdade de gênero fosse eliminada hoje, até 2025 seriam injetados US$ 25 trilhões na economia mundial

"Se a gente está falando disso agora é porque a gente tem que mudar essa condição, pois essa é uma realidade comprovada por números. A situação melhorou muito do que era antes sim, mas para chegar lá, ainda falta muito, por isso temos que ter coragem de conversar sobre isso e se emponderar", finaliza Adriana Flosi.

O CME

O Conselho da Mulher Empreendedora da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) se reúne desde julho de 2015. Em encontros mensais com mulheres que exercem cargos de liderança nas empresas, são abordados temas de interesse a cada profissão e as posturas mais adequadas para diferentes situações.


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