Entenda quais são os fatores necessários para os primeiros sinais de recuperação da economia no Brasil

Entenda quais são os fatores necessários para os primeiros sinais de recuperação da economia no Brasil

Professor de economia Anderson Pellegrino, da Inova Consulting, aponta que retomada do crescimento deverá ocorrer a partir do segundo semestre de 2017

As instabilidades que afetam o Brasil nos últimos meses não fortaleceram muito os pilares para uma eventual reconstrução econômica do País. Porém, no mês de julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou as previsões para a economia brasileira e, agora, a expectativa é de uma recessão menos severa este ano, e de uma possível retomada do crescimento em 2017. 

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção para este ano é de que haja uma contração de 3,3%. Para o professor de economia Anderson Pellegrino, da Inova Consulting e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a situação não deve ser muito diferente em 2017. 

Pellegrino diz que em termos de queda no PIB, este é o momento em que o Brasil apresenta o pior cenário econômico dos últimos 25 anos. “A recessão, que teve início em 2014, somente começará a ser revertida no segundo semestre do próximo ano, com um PIB positivo, mas ainda pouco expressivo, com crescimento de 0,5%. “Isso significa que ainda teremos desemprego em alta e consumo abaixo das médias históricas para os próximos meses. Acredito que estamos no fundo do poço, mas somente teremos certeza após a consolidação de indicadores positivos que, sem margem de dúvida, mostrem sinais de recuperação econômica. Refiro-me à produção industrial, ao emprego e ao consumo, em especial”, analisa.

O professor acredita que, para uma retomada do ciclo positivo de crescimento, antes de tudo, é preciso que se retome o clima de confiança na economia brasileira. Além disso, uma calmaria no campo político é uma premissa importante. “Outro ponto reside nos encaminhamentos feitos pelos gestores da política econômica, em especial aqueles relacionados às políticas do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Esperamos sinais de esforços e medidas efetivas para o crescimento econômico, o combate à inflação e a recuperação gradual das finanças públicas. Ajuste fiscal rápido seguramente levará o País para mais recessão”, adianta.

Os primeiros indícios de recuperação, diz o economista, devem ser relacionados com o aumento da produção industrial e do emprego. Um eventual aumento do investimento estrangeiro também é uma sinalização positiva de mudança. “Mas, para atingirmos um nível de crescimento como o que vínhamos experimentando até 2014, acho que serão necessários pelo menos mais três anos, ou seja, 2019 pode ser uma marca de retorno aos patamares pré-crise”, observa.

Nesse meio tempo, como devem agir os empresários e gestores? Permanecer de braços cruzados não é uma opção. No dia 26 de outubro, o especialista detalhará as perspectivas para o cenário econômico no Brasil e no mundo, para 2017, e explicará de que maneira os impactos, as crises e outros problemas podem ser vistos como oportunidades únicas para novos negócios. A palestra Primeiro, Vamos Falar Sobre Economia - Panorama 2017 faz parte do painel Estratégia e Desenvolvimento, que integra a 4ªSemana de Negócios e Empreendedorismo (SNE) e será realizada no Auditório da ACIC, das 8h30 às 12h30.

4ª Semana de Negócios de Negócios e Empreendedorismo

A quarta edição da Semana de Negócios de Empreendedorismo (SNE) será realizada pela ACIC, em parceria com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campinas (CDL), entre os dias 24 e 28 de outubro. A SNE é uma plataforma de eventos direcionados ao fortalecimento da cultura empreendedora de Campinas e região com objetivo de promover a capacitação de gestores e empreendedores e o desenvolvimento de empresas de diferentes portes, por meio de workshops, palestras, ações de educação empreendedora e de inspiração. As inscrições para a Semana devem ser feitas pelo site www.semanane.com, onde consta também a programação detalhada, ou pelo telefone (19) 2104-9200.


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