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Entender o que são os micromomentos ajuda o varejo a engajar o consumidor à sua marca

As decisões de compra são tomadas cada vez mais rápido devido às pesquisas online, favorecidas pelos dispositivos móveis; Saber se posicionar para o cliente no momento exato em que ele busca por algo é o grande desafio das empresas

Quem nunca realizou uma compra via smartphone enquanto pesquisava sobre um produto por meio do tablet e conversava com amigos pelo laptop? Com a popularização dos dispositivos móveis em nível global – e no Brasil não é diferente – a cena descrita já se tornou corriqueira.  Essa nova realidade, na qual as coisas mudam de forma veloz, afetou o comportamento do consumo. Hoje, da intenção de tomada de decisão, à formação de preferências, tudo ocorre em fração de segundos por meio da utilização do dispositivo mais próximo. Esses insights, durante os quais a pessoa, na busca por solucionar uma necessidade pontual, está aberta a receber informações sobre uma marca, são denominados micromomentos. 

Nesse cenário exponencial, no qual a interação ocorre de modo intermitente, a qualquer hora, em qualquer lugar, seja por meio de tablets, laptops, desktops, relógios com internet e, principalmente, dos smartphones, surge uma mudança de hábito do consumidor em sua jornada de compras. As decisões são tomadas por impulso “aqui e agora” e reforçam a importância de se potencializar as condições favoráveis à experiência digital desse consumidor para não perder os micromomentos. 

Uma coisa é certa: 79% dos consumidores brasileiros dizem tomar suas decisões de compra mais rápido hoje que antigamente, devido às pesquisas online. E quais são os novos momentos que atraem esses usuários?  São eles: momento saber (aprimorar o conhecimento sobre determinado assunto por meio de buscas online), momento fazer (pesquisar o modo de fazer alguma coisa), momento ir (utilizar um mecanismo de busca para encontrar uma empresa próxima de onde o usuário se encontra), e momento comprar (usar o celular para ajudar a tomar uma decisão de compra enquanto está numa loja). 

Um dos principais responsáveis por esse comportamento é o crescimento do número de smartphones em uso no Brasil, que chega a 168 milhões, um crescimento de 9% em relação a 2015. Para os próximos dois anos, a expectativa é de que o país tenha 236 milhões de aparelhos deste tipo nas mãos dos consumidores, um crescimento de 40%. 

Hoje, 94% dos usuários do dispositivo realizam buscas por informações por meio deles enquanto realizam outra tarefa e 80% dos brasileiros que possuem esses aparelhos os utilizam para saber mais sobre algum produto ou serviço que desejam comprar.

Se, de um lado, o hábito de navegar via dispositivo móvel aumenta, de outro, o tempo despendido no ambiente digital para a tomada da decisão de compra encolhe, o que demonstra que as pessoas estão mais objetivas em suas interações online. Uma pesquisa realizada entre maio de 2014 e maio de 2015 apontou um aumento de 112% na participação do smartphone para acesso à internet, enquanto que, o tempo gasto por visita ao ambiente digital caiu 9% e o número de compras efetivamente realizadas por dispositivo móvel (taxa de conversão mobile) cresceu 74% no período.

Com um turbilhão de informações chegando ao consumidor ao mesmo tempo – basta lembrar que a previsão é de, em 2020, o conhecimento humano será dobrado em 12 horas – é esperado que sua atenção se disperse com facilidade. E aí ocorre o grande desafio para o varejo: como estar no lugar certo, na hora exata em que a pessoa, na busca por atender uma necessidade momentânea, encontra-se apta ao engajamento digital com a marca? Mais que nunca, é preciso ser capaz de se conectar a essa pessoa para se antecipar às suas expectativas. É necessário ir ao encontro desse cliente nesses micro-momentos, estejam onde eles estiverem, e entregar uma experiência completa. Lembre-se: para 68% dos consumidores online a qualidade, o tempo ou a relevância de uma empresa influencia sua percepção sobre a marca.

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