Impostômetro registra R$ 700 bi na noite de terça-feira

Impostômetro registra R$ 700 bi na noite de terça-feira

Em Campinas, a arrecadação já chegou na faixa de R$ 1 bilhão

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo registrou, nesta terça-feira, dia 3 de maio, às 23h20, a marca de R$ 700 bilhões. O valor corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições que a população brasileira já pagou desde o início do ano. Em 2015, esse valor foi atingido no dia 4 de maio, um dia depois desse ano, o que aponta ligeiro aumento da arrecadação nominal de tributos.

Em Campinas, a arrecadação já passou de R$ 1 bilhão, com seu número na faixa de R$ 1,180 bi. “O mecanismo do impostômetro revela com transparência como é pesada a carga tributária sobre consumidores e mercado de forma geral”, disse o presidente da Associação Comercial de Campinas, Guilherme Campos Júnior.

O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Alencar Burti, lembra que o Brasil já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e que não suportará novos aumentos. “Qualquer tentativa de elevação de impostos irá aprofundar a recessão. Esperamos que o governo comece a revisar seus gastos para ajustar o orçamento. Só assim será possível recuperar a confiança do consumidor e do empresariado, juntamente com a desaceleração da inflação que se avista”, comenta Burti.

O painel

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade. É uma ferramenta automatizada que recebe dados de todo o Brasil e apura quanto as esferas de governo estão arrecadando em tributos. Os valores computados são federais, estaduais e municipais e são atualizados em um painel em tempo real no site www.impostometro.com.br. Pelo portal é possível também ver os valores separadamente em cada município e entre outras informações. O painel físico do Impostômetro está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista.

Os dados recebidos são enviados por fontes oficiais como a Receita Federal, portanto não são especulativos. O que mais conta na soma é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, com 20% do total. Em seguida vêm o INSS, com 17,3% do total e o Imposto de Renda, 16,9% da soma.


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