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Nível do emprego formal cai em junho em Campinas e região, aponta estudo

Dados são de levantamento feito pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC)

Levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), com base nos dados do Novo Caged do Governo Federal, aponta queda no emprego formal com carteira assinada em junho de 2024, tanto na Região Metropolitana de Campinas (RMC) quanto na cidade de Campinas, na comparação com o mesmo período de 2023.

Em Campinas, foi registrado saldo negativo de 174 postos de trabalho em junho, o que representa uma queda expressiva de 148,6% em relação aos 358 postos gerados em junho de 2023. A boa notícia é que, na análise semestral o saldo é positivo em 12,23%, na comparação entre 2024 e 2023.

De acordo com o departamento de economia da ACIC, apenas o setores da Indústria e do Comércio apresentaram variações positivas frente a junho de 2023, enquanto os demais grupamentos de atividades econômicas registraram quedas.

Na RMC, o saldo de empregos em junho deste ano apresentou saldo negativo de 745 postos de trabalho, mas ainda assim com variação positiva de 5,46% quando comparado com o mesmo período de 2023, que terminou com saldo negativo de 788 vagas.

No acumulado do semestre, a comparação entre 2024 e 2023 também mostra saldo positivo de 9,56%. Entre os setores analisados, apenas a Agropecuária e a Construção Civil registraram variações positivas em relação a junho de 2023, enquanto os demais segmentos apresentaram variações negativas.

“A queda no emprego formal em Campinas e na RMC pode ser atribuída a uma combinação de fatores econômicos e setoriais. Apesar do desempenho positivo na Indústria e no Comércio, outros setores enfrentaram desafios significativos, como a diminuição da demanda e ajustes estruturais nas empresas. Além disso, a instabilidade econômica global e a alta taxa de juros também contribuíram para a retração nas contratações com carteira assinada. Esses elementos destacam a necessidade de políticas públicas mais eficazes e incentivos para fortalecer a economia local e diversificar as oportunidades de emprego”, explica o economista da ACIC, Mário Eduardo Costa.

Costa destaca que o cenário local é contrário ao nível nacional que, segundo o Novo Caged, apresentou um saldo positivo de 201.705 postos de trabalho, decorrente 2.071.649 admissões e de 1.869.944 demissões.

Nos últimos 12 meses (Julho/2023 a Junho/2024) foi registrado um saldo de 1.727.733 postos de empregos, decorrente de 24.454.284 Admissões e de 22.726.551 Demissões.

Desemprego caiu

O índice de desemprego em Campinas, encerrado em junho, foi estimado em 7,12%, enquanto na RMC a taxa foi de 6,9%. Em nível nacional, segundo o IBGE, a população desocupada caiu 12,5% no trimestre, alcançando 7,5 milhões de pessoas, enquanto a população ocupada atingiu um novo recorde de 101,8 milhões, um aumento de 1,6% no trimestre.

O salário médio de admissão em junho de 2024 foi de R$ 2.132,82, apresentando uma redução real de R$ 5,15 em comparação ao mês anterior, representando uma variação negativa de 0,24%.

Para o economista da ACIC, a tendência de queda no emprego formal, especialmente em um cenário de aumento na ocupação nacional, levanta preocupações sobre a dinâmica econômica local e os desafios enfrentados pelos diversos setores produtivos na região de Campinas.

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