Saiba como destacar seu comércio nas datas especiais, como o Natal,  por meio do Visual Merchandising

Saiba como destacar seu comércio nas datas especiais, como o Natal, por meio do Visual Merchandising

Estratégia pode ser aplicada por pequenos, médios e grandes varejistas para melhorar a experiência de compra do consumidor e impulsionar as vendas

Para que um consumidor, ao passar pela sua loja, sinta-se atraído a entrar, ela deve conter algumas características capazes de seduzi-lo. Entregar uma experiência impactante pode ser o primeiro passo que o seu negócio se destaque da concorrência, principalmente em datas tão importantes para o comércio, como é o caso do Natal. 

O docente no SENAC São Paulo, coordenador do portal MM da MODA e referência em Visual Merchandising, Eduardo Vilas Boas, explica que não existem fórmulas generalizadas para conquistar esse poder de atração e cada operação de varejo exige uma solução individual. No entanto, o especialista destaca alguns aspectos que fazem toda a diferença na hora de posicionar o seu ponto de venda. No dia 28 de novembro, Vilas Boas detalhará o assunto, durante workshop “Exposição de Produtos Visual Merchandising”, das 8h30 às 12h30, na Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). As inscrições devem ser feitas pelo link http://www.acicampinas.com.br/eventos-inscricao:codigo-286

Vilas Boas ensina que o primeiro passo é compreender o que o cliente busca no seu negócio, identificar seu perfil, se ele é moderado ou atento às tendências.  Detectar se o seu cliente procura por produtos para consumo próprio ou para presentear, se ele tem preferência por alguma marca, variedade ou preço. 

É o consumidor, com suas características de consumo e/ou sua forma de comprar, o fator determinante para a definição da disposição dos produtos na loja e das demais estratégias. ”Muitos varejistas querem dar maior visibilidade a produtos encalhados com o propósito de baixar o estoque. Essa prática funciona em épocas promocionais, mas, em outros períodos, é necessário saber o que o cliente está buscando e posicionar o produto em um ponto visível e acessível ao toque dentro da loja”, esclarece o docente do SENAC São Paulo. 

Quanto mais apurado o conhecimento do público-alvo, mais fácil é a adoção de conceitos diferenciados para o seu negócio. Para Vilas Boas, por esse ângulo, um varejista médio ou pequeno tem mais vantagens do que as grandes redes. “Para o pequeno, as dúvidas e os investimentos são menores. Soluções criativas, como faça-você-mesmo, são perfeitamente cabíveis em uma loja pequena. Um conceito bem definido, por mais que não seja único ou inovador, pode ser a chave para se sobressair num universo de produtos comoditizados, ou seja, sem diferenças entre si perante o cliente”, afirma ele. 

Uma vez com as informações sobre os clientes em mãos, defina quais decorações alusivas às datas especiais devem ganhar mais ou menos destaque no seu comércio e se os produtos devem ser expostos de maneira simples ou mais elaborada. 

É interessante existir uma coerência entre vitrine e interior do comércio. A vitrine e os setores que abrem a loja devem expor aquilo que é comercialmente mais importante. Como a vitrine funciona como uma mídia para reforçar junto ao consumidor algum acontecimento relevante, ao entrar no estabelecimento, ele deve encontrar facilmente aquele universo que foi ofertado na fachada. “Outras ações que não sejam tão relevantes para o momento comercial devem ter menor visibilidade dentro da loja”, diz o coordenador do portal MM da MODA.

Ele sugere que categorias de produtos mais utilitários sejam organizadas por tipos, enquanto que os de caráter mais hedônicos, ou seja, aqueles cujos aspectos emocionais, ligados a status e à experiência de consumo, sejam correlacionados por uso, como, por exemplo, um look completo.

No caso de um estabelecimento pequeno, é preciso ter a agilidade para realizar trocas e adequar a oferta à demanda. “Muitos estímulos em pouco espaço vão mais confundir do que orientar os clientes”, explica ele. Já lojas maiores podem permitir que várias ações ocorram ao mesmo tempo. Vale ressaltar que as prioridades comerciais devem ganhar maior visibilidade dentro da loja, ou seja, nem os grandes varejistas estão livres da necessidade de mudar produtos e setores no PDV conforme as datas se aproximam.

Marketing sensorial como aliado

Algumas ferramentas de marketing sensorial de baixo custo e aplicadas diretamente no PDV, como música ambiente, aroma no interior da loja e brindes de chocolate para os clientes, são grandes aliadas do visual merchandising, na hora de atrair e reter consumidores e shoppers para uma boa experiência de consumo. Elas têm o propósito de trabalhar as marcas pelo viés da emoção, explorando as potencialidades do corpo humano e sua relação com os ambientes. 

“Sabemos hoje que os aromas ajudam na criação de elos afetivos com as marcas, na lembrança de memórias prazerosas e na diminuição da percepção de tempo. Da mesma forma, ambientes com música ambiente pode acelerar ou relaxar o consumidor, dependendo de sua característica – rápida ou lenta – uma vez que ela interfere no sistema límbico, responsável pelas emoções e comportamentos sociais. Já chocolates reforçam o sentimento de prazer para compras caras e produtos acessíveis ao toque têm sua percepção de valor aumentada, bem como o desejo de consumo”, conclui o especialista Eduardo Vilas Boas.


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