SP e RJ são responsáveis por metade da arrecadação de tributos no País, revela estudo da ACSP

SP e RJ são responsáveis por metade da arrecadação de tributos no País, revela estudo da ACSP

São Paulo, 4 de janeiro de 2017. Dados de um estudo da Associação Comercial de São Paulo revelam que os estados de São Paulo e Rio de Janeiro respondem por 49,86% de toda a carga tributária brasileira, ou seja, de todos os impostos, taxas e contribuições que a sociedade paga nas esferas municipal, estadual e federal.  A pesquisa foi elaborada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e revela o alto nível de concentração de renda e consumo no País.

Na outra ponta do levantamento, cinco estados da região Norte – Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia – são responsáveis por apenas 1,07% de tudo o que a sociedade paga em tributos. Os números são referentes ao arrecadado no ano passado.

Em 31 de dezembro de 2016, o Impostômetro da ACSP registrou a marca de R$ 2,004 trilhões (dois trilhões e quatro bilhões de reais), graças à instituição do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária, também conhecida como Repatriação de Recursos, que coletou R$ 46,8 bilhões para os cofres públicos. Sem esse valor o Impostômetro não alcançaria a virada dos 2 trilhões e 2016 terminaria com queda nominal e real da arrecadação pela primeira vez.

Em Campinas, até o dia 31 de dezembro de 2016, o Impostômetro registrou um total de R$ 1,822 bilhões (um bilhão e oitocentos e vinte e dois milhões de reais) de impostos arrecadados durante o ano. O valor é maior do que o montante arrecadado em 2015, quando foi registrado o total de R$ 1,765 bilhão de reais. De acordo com a vice-presidente da ACIC, Adriana Flosi, a alta carga tributária pesa no bolso de consumidores e comerciantes. “O montante de tributos arrecadados consome o rendimento do cidadão, o que impacta negativamente em seu poder de compra. Isso também reflete na capacidade de investimento dos empresários e prejudica o potencial de crescimento do comércio da cidade”, comenta.

Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, a carga tributária brasileira continua elevada e o governo não pode cair na tentação de querer elevá-la na reforma que pretende fazer neste ano. “As reformas tributárias anunciadas pelos governos são sempre preocupantes, porque num momento de déficit público podem terminar em elevação da carga, como sempre costuma ocorrer. Então, espera-se que essa reforma seja uma simplificação dos tributos, sem nenhum tipo de alta. O governo não deve cair na tentação de querer arrecadar mais com a economia deprimida”, afirma.


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